Sabendo tecer, não desperdices fio. Sabendo falar, não desperdices as palavras.(Laos)

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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

"Nossas almas são borboletas"


Conta-se que, quando as tropas aliadas invadiram os campos de concentração na Alemanha e Polônia, encontraram algo que lhes chamou a atenção, nos barracões designados às crianças.
Nesses diferentes campos de concentração havia, por todas as paredes, nos barracoes, onde essas crianças passaram sua última noite, desenhos de borboletas.
Eram desenhos arranhados à unha, feitos com pedras ou pedaços de tijolos.
Essas crianças, em meio à miséria, fome e dor, apartados de seus afetos, conseguem nos dar a explicação maior da vida.
As borboletas que desenhavam era aquilo que intuitivamente percebiam ser a morte: a liberdade de um casulo pesado.
Ao morrer, somos todos borboletas a sair de seu próprio casulo, para conseguir alçar voos maiores.
No enterro, apenas o casulo permanece encerrado no cofre fúnebre enquanto a alma, a borboleta, tem a possibilidade de, liberada, alçar voos em céus de liberdade e de felicidade.
Quando entendermos a morte como processo de libertação do casulo e que a vida continua pujante e real, ela deixará de ser momento de conclusão da vida, como muitos pensamos, para ser momento de transformação, de continuidade em diferente etapa.
Ao deparar-nos com a morte de alguém que amamos, lembremos que o corpo que vemos é apenas o casulo que lhe foi emprestado, para as experiências necessárias.
E pensemos na borboleta que se liberta, para poder alçar voos, sob os desígnios amorosos de Deus.


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